A doação de órgãos ou de tecidos é um ato pelo qual manifestamos a vontade de doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no tratamento de outras pessoas.
A doação pode ser de órgãos (rim, fígado, coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos(córnea, pele, ossos, válvulas cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue de cordão umbilical). A doação de órgãos como o rim, parte do fígado e da medula óssea pode ser feita em vida.
Para a doação de órgãos de pessoas falecidas, somente após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica. Tipicamente, são pessoas que sofreram um acidente que provocou um traumatismo craniano (acidente com carro, moto, quedas etc.) ou sofreram acidente vascular cerebral (derrame) e evoluíram para morte encefálica.
Morte Encefálica
É a interrupção irreversível das atividades cerebrais, causada mais frequentemente por traumatismo craniano, tumor ou derrame. Como o cérebro comanda todas as atividades do corpo, quando este morre, significa a morte do indivíduo. É diagnosticado através de testes clínicos realizados por neurologista, neurocirurgião ou intensivista e exames de imagem. O teste de imagem visa confirmar a ausência do fluxo sanguíneos cerebral.
Doação em vida
É possível também a doação entre vivos, no caso de órgãos duplos (ex: rim). No caso do fígado e do pulmão, também é possível o transplante entre vivos, sendo que apenas uma parte do órgão do doador poderá ser transplantada no receptor.
O “doador vivo” é considerado uma pessoa em boas condições de saúde – de acordo com avaliação médica – capaz juridicamente e que concorde com a doação. Por lei, pais, irmãos, filhos, avós, tios e primos podem ser doadores. Não parentes podem ser doadores somente com autorização judicial.
Os órgãos e tecidos que podem ser obtidos de um doador vivo são:
Rim:por ser um órgão duplo, pode ser doado em vida. Doa-se um dos rins e, tanto o doador quanto o transplantado, pode levar uma vida perfeitamente normal.
Medula óssea:pode ser obtida por meio da aspiração óssea direta ou pela coleta de sangue.
Fígado ou pulmão:poderão ser doadas partes destes órgãos.
Doação após a morte
Se você quiser se tornar um doador, a atitude mais importante é informar esse desejo a seus familiares uma vez que, após sua morte, eles decidirão sobre a doação.
Como funciona a captação de órgãos no HCI
Todos os hospitais com UTIS, devem possuir uma Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes – CIHDOTT, regida pela Portaria nº 1262 de 16/06/06.
Função da CIHDOTT
É responsável por todo processo de captação de órgãos, desde a identificação do potencial doador até a entrega do corpo à família;
Desenvolver a cultura da doação.
Sempre que ocorrer uma Morte Cerebral a CIHDOTT é assinada para abrir o protocolo de doação de órgãos, que consiste em:
Entrevista familiar (termo de consentimento para doação);
Contato com a Central de Transplantes comunicando do potencial doador;
Articulação com bloco cirúrgico, Laboratório, médicos, enfermeiros da UTI e setor de transporte;
Como fazer a doação no momento da morte de um familiar
Um dos membros da família pode manifestar o desejo de doar os órgãos e tecidos ao médico que atendeu o paciente ou à comissão intra-hospitalar de doação de órgãos e tecidos do hospital. Após a manifestação da família em doar os órgãos a mesma assina termo de consentimento e, após começa-se o protocolo de doação de órgãos e tecidos.
Para que se concretize basta a família informar ao médico ou enfermeiro que esta acompanhando o mesmo.
Como buscar orientações sobre doação de órgãos no HCI
CIHDOTT – Comissão Intra Hospitalar de Doação e Captação de Órgãos
(55) 3331-9330 Ramal 9502
Av. David José Martins, 152
Centro de Ijuí - Rio Grande do Sul
CEP 98.700-000