O Hospital de Clínicas Ijuí (HCI) enxerga em cada ato de doação uma nova oportunidade de recomeço. Em meio à dor da perda ou à angústia de uma longa espera, surgem histórias de coragem, solidariedade e renascimento. Atualmente, cerca de 78 mil pessoas aguardam por um transplante no Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, o que evidencia a importância de conscientizar a população sobre a doação de órgãos.
Neste Setembro Verde — campanha nacional que busca informar a população e incentivar a doação de órgãos — o HCI reforça seu compromisso com a vida. A instituição está preparada e equipada para atuar tanto na captação de órgãos, por meio da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), quanto na realização de transplantes renais, consolidando-se como referência regional em transplantes e cuidado humanizado.
Há 11 anos, Eliane Guterres Amaral, de 53 anos, moradora de Santa Rosa, recebeu um novo rim. O transplante só foi possível graças ao gesto generoso de alguém que decidiu doar seus órgãos. Desde então, Eliane vive com qualidade de vida, realizando apenas o acompanhamento médico a cada quatro meses.
“É muito bom não depender mais de uma máquina. Sou grata à hemodiálise pelo tempo que precisei, mas era muito cansativo encarar a distância toda semana. Por isso, é tão importante conscientizar as pessoas sobre a doação de órgãos. No fim das contas, quem decide é a família — então precisamos conversar com nossos familiares sobre esse desejo.
Sou muito grata ao médico que cuida de mim e, principalmente, àquela pessoa que, mesmo sem eu conhecer, teve um papel fundamental na minha vida”, relata.
Outro gesto que marcou a história do HCI veio de Elesandra Franco de Jesus, que, ao perder o filho Wagner em um acidente de carro, decidiu autorizar a doação de seus órgãos. A atitude possibilitou o primeiro transplante de coração realizado pelo hospital, em 2018 — um marco na trajetória da instituição.
“O Wagner sofreu um acidente e, até então, eu não entendia nada sobre doação de órgãos. Estava na UTI com ele e, sem pensar muito, falei aos enfermeiros que, se ele não resistisse, eu queria doar os órgãos dele. Me coloquei no lugar de quem está esperando por um órgão.
Eu sinto ele vivo. Prometi que, enquanto eu estiver aqui, ele não será esquecido por causa desse gesto. Como mãe que passou por uma perda tão profunda, peço que as pessoas percebam a magnitude do ato de doar. Nosso mundo está precisando de amor mais do que qualquer outra coisa”, compartilha emocionada.
O HCI conta com a CIHDOTT, responsável por coordenar o processo de captação de órgãos, dar suporte às famílias e garantir o cumprimento de todos os protocolos legais e éticos. De forma independente, desde 1986, o hospital realiza transplantes renais, tendo concluído mais de cem procedimentos. Além disso, a instituição atua ativamente na sensibilização sobre a importância da doação de órgãos, reforçando seu compromisso com a vida.
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