Uma captação de órgãos foi realizada no Hospital de Clínicas de Ijuí (HCI), com a doação de rins por uma mulher de 55 anos, vítima de AVC hemorrágico. A morte foi confirmada no dia 7 de outubro, com a autorização da família para a doação.
A enfermeira coordenadora da UTI Adulto e integrante da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (Cihdott) do HCI, Deise Piccoli Steinke, explica que a captação foi realizada após vários testes para identificar quais órgãos poderiam ser doados. Em seguida, foi feita a entrevista com a irmã da paciente, que autorizou a doação, atendendo ao desejo dela, manifestado em vida. “A captação foi conduzida normalmente pela equipe da Central de Transplantes, que veio de Porto Alegre para realizá-la. Reforçamos que os cuidados e a segurança são prioridades em todas as etapas do procedimento, desde o início até a sua conclusão.”
A negativa familiar e as condições do paciente são os principais fatores que dificultam a efetivação das captações de órgãos na instituição. “Desde 2022, abrimos 18 protocolos de morte encefálica, mas apenas cinco captações foram realizadas. Todo o processo é o mesmo; no entanto, os desfechos podem ser diferentes. Por isso, destacamos a importância de comunicar à família o desejo de ser um doador. Nos esforçamos ao máximo para salvar o maior número de vidas possível e ficamos felizes quando isso acontece, com a sensação de dever cumprido”, acrescenta a enfermeira.
Os dados do doador são cadastrados no sistema gerenciado pela Central de Transplantes, que é responsável por cruzar as informações do doador com as dos possíveis receptores, apresentando as opções mais compatíveis.
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