O Hospital de Caridade de Ijuí (HCI) realizou nesta semana o primeiro transplante de órgãos, após a pandemia, que, desde seu início, em março de 2020, impactou significativamente interrompendo o processo de expansão pelo qual o País vinha passando, conforme o Registro Brasileiro de Transplantes. Entre os órgãos que experimentaram maior queda no número de procedimentos, estão pulmão, pâncreas, rim, coração e fígado.
Apesar das restrições impostas pela pandemia de covid-19, o HCI retoma o procedimento, com a realização do primeiro transplante de rim do ano. O órgão veio de Porto Alegre, através da Central de Transplantes do Estado, que identificou a compatibilidade, comprovada posteriormente por exames. A equipe médica do HCI, composta pelas médicas nefrologistas Maria Leocádia Padilha e Larissa Pizzolotto, os urologistas, Gilnei Penno e Leonardo Bandeira, e os cirurgiões vasculares, Ana Lúcia Belmonte Caetano e Vinícius Corrêa Pires, realizou o transplante, em um homem, 45 anos, de Santo Ângelo, com hipertensão arterial como causa da doença renal crônica, e que há cinco anos realizava hemodiálise. O procedimento comprova, mais uma vez, o trabalho em rede realizado pelo hospital, que é um dos quatro principais centros de transplante de rim do Estado, e atende a Macrorregião Missioneira, sendo referência regional em Saúde.
“Ocorreu tudo conforme esperado, o paciente está se recuperando e reagindo muito bem com o novo órgão. Consideramos um sucesso”, comemora a médica Larissa. “Na pandemia, tivemos uma pausa nos transplantes de rim devido à superlotação no hospital e ao grande número de pacientes com covid-19 internados, e esse foi o primeiro transplante depois desse período, o que acentua também a necessidade de falarmos sobre a importância da doação de órgãos, que é capaz de salvar vidas.”
O HCI é um dos hospitais do Estado autorizados pelo Ministério da Saúde a realizar o transplante de rim, sendo um dos únicos no interior do Estado, atualmente, 160 pacientes realizam terapia de substituição renal – hemodiálise ou diálise peritoneal, e muitos deles estão na lista de espera de um rim. “Nossos pacientes, tanto de Ijuí quanto da região, que possuem doença renal crônica em diálise, podem ser avaliados e entrar na lista de espera por um transplante de rim e esse procedimento pode ser realizado aqui HCI.”
COMO DOAR ÓRGÃOS – Há dois tipos de doadores. O primeiro tipo é o doador vivo, que concorda com a doação. Nesses casos, geralmente, os doadores são parentes ou familiares que têm órgãos compatíveis com a pessoa que precisa receber. O segundo tipo é o doador falecido, um paciente com diagnóstico de morte encefálica, por exemplo, com doação autorizada pela família. Para ser doador, nos casos em que há o falecimento, é preciso informar a família da vontade de doar, pois é somente ela quem poderá autorizar a doação dos órgãos. No caso de morte encefálica, cada doador pode salvar até oito vidas.
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