O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda maior causa de mortes no mundo, podendo acometer um a cada quatro adultos, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). Hoje, no Dia Mundial de Combate ao AVC, o Hospital de Caridade de Ijuí (HCI) alerta para a importância da prevenção e tratamento da doença e orienta a população sobre os riscos da doença, que decorre de alteração do fluxo sanguíneo ao cérebro, ocasionando a morte de neurônios.

Médico neurologista do HCI,  Roger Zanandréa explica que há dois tipos de AVC. O isquêmico e o hemorrágico. O acidente vascular isquêmico é o mais prevalente, sendo responsável por 85% dos casos. “É uma doença muito prevalente, em que ocorre a oclusão do suprimento sanguíneo para o cérebro ou um sangramento. A pessoa apresentará uma perda de força no lado do carpo, dificuldade para falar, desvio da comissura labial ou confusão mental.”

Um AVC ocorre quando há uma interrupção súbita do suprimento de sangue ao cérebro, normalmente causada pela obstrução total ou parcial de artérias por placas de aterosclerose, mas há outros motivos relacionados, por exemplo, os de etiologia cardioembólica. “Existem alguns fatores de risco principais associados ao AVC que são a hipertensão, diabetes, tabagismo, sedentarismo, obesidade, estresse psicossocial, dieta desequilibrada com poucas verduras, legumes e peixes. E as etiologias são, principalmente de origem ateroscleótica, quando há obstrução de uma artéria por uma placa de colesterol que instabiliza, rompe e forma um trombo que obstrui a passagem de sangue para o cérebro. As causas cardioembólicas ocorrem devido a uma arritmia cardíaca, que favoreça a formação de um trombo ou um coágulo no coração, que sai dali e vai para o cérebro”, acrescenta.

Há dois tipos de tratamento, o da fase aguda rápida, em que até quatro horas e meia depois do início dos sintomas é possível usar medicação para tentar dissolver o coágulo, no caso do AVC isquêmico. “Por isso, é importante procurar atendimento na Emergência o mais rápido, assim que iniciam os sintomas”, alerta o médico.
O HCI dispõe de equipe multidisciplinar, que conta com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, equipe de Enfermagem, médicos de emergência e neurologistas. Zanandréa também é responsável pela implementação da Unidade de AVC, protocolo e treinamento para atendimento de AVC no HCI, que recentemente foi habilitado pelo Ministério da Saúde como Centro de Atendimento de Urgência Tipo III ao paciente com AVC, na Macrorregião Missioneira, ampliando e qualificando ainda mais os serviços prestados.

“Neste atendimento, associado à estrutura do Hospital, que conta também com exames de imagem e de investigação completa para etiologias e reabilitação, o HCI oferece o cuidado integral de pacientes com AVC. Hoje, no Dia Mundial de Combate ao AVC, é importante conscientizar a população sobre a importância da prevenção e de saber identificar os sinais precoces, para que se previnam e procurem atendimento rapidamente quando surgirem os sinais, para fazer um tratamento adequado, que seja mais efetivo”, orienta o médico neurologista.