HCI recebe certificado por excelência no atendimento ao AVC

  • 7 de novembro de 2022
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O Hospital de Caridade de Ijuí (HCI) recebeu o Stroke Ready, certificação concedida pela Angels Awards a todas as instituições hospitalares que alcançam um grau de qualificação no atendimento a pacientes que sofreram AVC – Acidente Vascular Cerebral, e o coloca como único centro de referência para o tratamento e manejo da doença na região Noroeste. Criado pela Boehringer Ingelheim, empresa farmacêutica alemã, o projeto tem a missão de otimizar e qualificar o atendimento do AVC, reconhecendo profissionais e hospitais que têm apresentado excelência e comprometimento no atendimento ao paciente com essa necessidade.

“É um reconhecimento aos esforços do HCI e mostra que estamos no caminho certo para se tornar um centro de excelência no atendimento ao AVC, reconhece também nossa equipe, que está organizada, treinando e buscando sempre melhorar e se aperfeiçoar para garantir um atendimento especializado com a maior qualidade possível”, comemora o coordenador do Centro de AVC do HCI, médico neurologista Roger Zanandréa.

A certificação recebida pelo HCI assegura aos pacientes de toda a região e à comunidade local, a qualidade e segurança indispensáveis na assistência hospitalar para o tratamento da doença. “Este foi o nosso primeiro nível de certificação como reconhecimento para o atendimento com excelência dessa doença, e reconhece todo o trabalho realizado por nossa equipe e também nossa estrutura, equipamentos, nesse quase um ano de implementação do protocolo”, parabeniza o presidente do HCI, Douglas Prestes Uggeri.

Para alertar sobre a doença e celebrar o Dia Mundial do AVC, foi realizado o 1º Fórum do AVC HCI, com a participação de Zanandréa e da equipe multiprofissional, composta pelo médico coordenador da Emergência, Pablo Moletta; pela enfermeira assistencial da Emergência e responsável pelo Gerenciamento do Protocolo de AVC, Michele Silveira; pela enfermeira da Clínica Médica, Milena de Freitas; pela enfermeira da UTI Adulto, Laisa Fracaro; pelo fisioterapeuta Eduardo Matias Steidl; pela nutricionista Tatiane Hüller;  pela fonoaudióloga Carine Siqueira; pela assistente social Paula Kuenzel; e pela enfermeira gestora da Educação Continuada, Cledir França.

A diretora voluntária do HCI, Liane Copetti Ghisleni fez o acolhimento inicial dos participantes do evento, destacando o apoio às ações que visem a qualificação das equipes, garantindo um atendimento de excelência em todos os locais que o paciente tem acesso.

Desde o início do ano até outubro, foram abertos 145 protocolos de AVC ambulatoriais de emergência, que são pacientes que chegam ao HCI com suspeita da doença, destes, foram registrados 86 isquêmicos, dos quais 12 receberam o tratamento com trombolítico, e 21 hemorrágicos; os demais foram descartados. “São coletados todos os dados dos pacientes, sinais e sintomas, e realizada a tomografia. Se for constatado AVC, ele interna e é aberto um novo protocolo, de indicadores, sobre atendimento da equipe, realização de exames e encaminhamentos”, explica Michele.

Para se ter uma ideia da importância da doença, conforme Zanandréa, é a principal causa de mortes no Brasil, com 57 mil óbitos somente no primeiro semestre – mais do que infarto do miocárdio. “Também é a que mais incapacita, cerca de 70% dos pacientes deixam de trabalhar e 50% passam a ser dependentes de outras pessoas no cuidado diário e em Saúde, além disso gera muitos custos, sem falar na qualidade de vida”, pontua o médico neurologista alertando que cada vez mais são registrados casos em pessoas jovens, provocados, muitas vezes, por outras doenças, como trombofilias, alterações cardiológicas, diabetes, hipertensão, sedentarismo, tabagismo e uso de drogas”, pontua o médico neurologista alertando que cada vez mais são registrados casos em pessoas jovens, provocados, muitas vezes, por outras doenças, como trombofilias, alterações cardiológicas, diabetes, hipertensão, sedentarismo, tabagismo e uso de drogas.

Em torno de 90% dos AVCs poderiam ser evitados a partir do controle de alguns fatores de risco, muito conhecidos pela população. “Nesse sentido, temos que trabalhar muito na parte preventiva e também alertar a população para o tratamento da fase aguda da doença, um dos objetivos do Dia Mundial do AVC. Ao reconhecermos os principais sintomas, o mais precocemente possível, conseguimos evitar as sequelas; se identificado em até quatro horas e meia do início dos sintomas, conseguimos tratar com medicação intravenosa para dissolver aquele trombo, coágulo, que provocou a doença.”

O HCI foi habilitado como Centro de Atendimento de AVC pelo Ministério da Saúde, no início deste ano, contando com protocolo para a fase aguda. “Os principais sintomas são a perda de força em um dos lados do corpo, face assimétrica, dificuldade para falar e compreender. Se isso ocorrer com algum familiar ou alguém próximo, imediatamente entre em contato com o Samu ou leve à Emergência; cada minuto que perdemos para tratar esse problema, perdemos cerca de dois milhões de neurônios, então, as sequelas vão aumentando”, orienta Zanandréa.

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