O Hospital de Caridade de Ijuí (HCI) segue investindo na utilização de tecnologia de ponta. No início desta semana, foi realizado o segundo implante de válvula aórtica transcateter (Tavi), um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, onde é realizado o tratamento da válvula aórtica, quando danificada, sem necessidade de remoção da válvula nativa. O procedimento é considerado minimamente invasivo, pois não há necessidade de incisão no tórax do paciente. Semelhante ao stent, que é utilizado no tratamento das artérias coronárias, a abordagem envolve o implante, através de um cateter, da prótese valvar no local onde encontra-se a válvula doente. O acesso é feito pela perna do paciente, pela artéria femural, que chega até a válvula cardíaca e possibilita o reparo da válvula.
Essa é a segunda vez que o procedimento é realizado no HCI, no Serviço de Hemodinâmica do Instituto do Coração (Incor). Médica cirurgiã cardiovascular da Instituição, Silvana Agnolleto Berwanger conta que se trata de um paciente de 68 anos com contraindicação absoluta à cirurgia aberta. Também participaram os médicos cardiologistas Leonardo Zanatta e Carlos Mayer, o cirurgião cardiovascular Dante Thomé da Cruz, o cirurgião vascular, Fábio Silva Goulart, os ecocardiografistas, Rodrigo Rodrigues e Marcelo Andres, e o anestesista Júlio Coracini, com auxílio do médico cirurgião cardiovascular do Instituto de Cardiologia do Estado, Paulo Roberto Prates.
A Tavi oferece algumas vantagens em relação ao método convencional – que requer cirurgia de coração aberto, através de uma esternotomia –, como o tempo de internação hospitalar muito menor, com menos exposição do paciente aos riscos de complicações hospitalares, e, na volta para casa, a retomada das atividades também é mais rápida, devendo continuar recebendo o acompanhamento com médico cardiologista e seguir todas as orientações prescritas.
“O procedimento foi um sucesso, com duração de em torno de uma hora. Logo depois, o paciente foi para a UTI permanecendo internado por dois dias. É importante destacar que a cirurgia cardíaca para troca de válvula aórtica aberta é um procedimento muito mais demorado, com duração de até cinco horas e o paciente fica de cinco a seis dias no hospital, levando em torno de dois meses para o retorno pleno de suas atividades diárias. Com a Tavi, em sete dias o paciente já consegue retomar sua rotina”, destaca a médica Silvana.
Com uma equipe de cardiologia intervencionista experiente e amplamente treinada para a realização da Tavi, o moderno Serviço de Hemodinâmica do HCI oferece toda a estrutura necessária para realização de tratamentos de ponta com segurança e eficiência, além da equipe multidisciplinar – anestesistas, fisioterapeutas e enfermeiros – que participam do preparo e do acompanhamento necessário para a segurança e conforto dos pacientes.
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