A pesquisa Percepções da equipe de Enfermagem da UTI Neonatal e do Berçário sobre a dor do recém-nascido, realizada por Larissa Caroline Bonato, teve por objetivo identificar o entendimento desses profissionais em relação ao tema e seu manejo, tendo como campo de estudo o Hospital de Caridade de Ijuí (HCI), que é também uma referência, não somente na assistência e no ensino, como também para a pesquisa acadêmica.
Este é um dos 13 estudos acadêmicos/institucionais executados na Instituição de Saúde neste ano, e que foram submetidos ao Comitê de Pesquisa do HCI, formado por representantes das diferentes áreas do Hospital, e que tem entre suas atribuições avaliar viabilidade, aplicabilidade, contribuições e possíveis danos, sendo exclusivamente nos âmbitos acadêmico ou institucional. O incentivo à pesquisa em Saúde e a promoção de condições favoráveis à realização de estudos científicos geram uma prática profissional ampla, eficiente e especializada, que qualifica o profissional e propicia uma melhor assistência à população. O engajamento do HCI no desenvolvimento de pesquisas científicas e produção acadêmica também faz parte da busca pela inovação e construção de conhecimento relativo a melhores práticas e tecnologias.
Para chegar a um resultado, a pesquisadora Larissa realizou entrevistas com 12profissionais,entre técnicos e enfermeiros da UTI Neonatal e do Berçário, com questionamentos sobre quais as características de um recém–nascido com dor, além de pesquisas das intervenções realizadas para o alívio e as escalas usadas para a avaliação.
Os resultados obtidos foram apresentados ao Comitê de Pesquisa do HCI, neste mês, e apontaram que a percepção da dor deve ser uma preocupação da equipe de Enfermagem, tendo em vista que são esses os profissionais que mais têm contato com os recém-nascidos, também considerando que a identificação da dor é uma ferramenta importante para o cuidado com o paciente.
“Nota-se que o choro é a principal característica identificada pelas profissionais quando se tem um recém-nascido com dor ou algum desconforto, assim sendo utilizados principalmente os métodos não farmacológicos para o alívio. Além disso, o estudo mostra que a adesão de escalas da dor auxilia na sua avaliação, melhora a assistência e sustenta o manejo eficaz. Ações educativas permanentes e a utilização de protocolos são importantes e necessitam ser desenvolvidas com todas as profissionais, em especial as que atuam no Berçário. O manejo efetivo deve ser visto como um indicador de qualidade da assistência oferecida, garantindo um atendimento humanizado, livre de danos e com qualidade”, resume Larissa.
Conforme a coordenadora de Desenvolvimento Humano (DH) do HCI, e integrante do Comitê de Pesquisa, Laís Sartor, pesquisas acadêmicas de diferentes localidades estão em desenvolvimento hoje na Instituição de Saúde, a exemplo do estudo conduzido pela médica nefrologista, Olvânia Basso de Oliveira, que faz doutorado pela Universidade de Jaén, na Espanha, com orientação do doutor Gaforio, da universidade espanhola, e tem co-orientação da professora da Unijuí, Eliane Winkelmann. Também estão em execução, pesquisas acadêmicas da Unisc, Unicruz, UFSM, entre outras instituições de Ensino Superior.
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