Os cirurgiões cardiovasculares do Instituto do Coração (Incor), do Hospital de Caridade de Ijuí (HCI), Silvana Berwanger e Dante Thomé da Cruz, realizaram ontem uma cirurgia cardíaca minimamente invasiva para troca valvar aórtica, indicada ao paciente que apresenta alterações na válvula, podendo ser estenose (quando não abre direito) ou insuficiência (quando não fecha direito).
Trata-se de uma cirurgia convencional, realizada pelo tórax, de porte menor – com metade do tamanho habitual -, chamada de miniesternotomia (tipo de incisão menor), e que oferece vantagens ao paciente, entre elas, ser menos agressiva, o que permite o retorno à rotina diária mais rapidamente, tendo uma recuperação tranquila.
O procedimento, realizado em uma paciente, 50 anos, de Giruá, não é uma novidade no HCI, mas pela primeira vez teve a utilização de uma válvula de última geração, relativamente nova no Brasil, e que devido a seu perfil hemodinâmico garante melhores resultados – não deixa com dor, tem menor risco de infecção e o paciente fica apenas um dia na UTI.
“Esse é o caso da paciente, que não queria anticoagulação, e optamos por colocar essa válvula agora, e, futuramente, quando a prótese dela deteriorar, colocarmos a Tavi”, explica a médica Silvana, cirurgiã principal neste procedimento, que teve também a participação do anestesista, Júlio Coracini.
Essa prótese, em uso nos EUA, há cinco anos, e, há 3 anos, no mercado brasileiro, tem alta durabilidade e permite que no futuro seja realizado o implante de válvula aórtica transcateter (Tavi), descartando a necessidade de nova cirurgia aberta para troca de válvula, sendo também indicada para pessoas mais jovens e ativas, devido aos diferenciais que oferece. No Estado, foi utilizada em hospitais de Porto Alegre, Novo Hamburgo, Caxias do Sul, Santa Cruz do Sul e Santa Maria, sendo em Ijuí o HCI o primeiro hospital a fazer uso da tecnologia de ponta. Além disso, vale ressaltar que poucos cirurgiões no País realizam esse tipo de cirurgia.
A Tavi é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, onde é realizado o tratamento da válvula aórtica, quando danificada, sem necessidade de remoção da válvula nativa, e também já foi realizado pelo HCI, recentemente. “Vale ressaltar em relação à Tavi, que uma de suas características principais é de ser feita com um corte mínimo, sendo acessada pela virilha e por cateter, podendo ser feita também em cima dessa prótese valvar”, conclui Silvana.
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