Aprender a gerenciar o estresse é tão importante quanto manter uma alimentação equilibrada no cuidado da saúde do coração. É o que afirma o médico cardiologista Diego Francisco Ceretta, do Hospital de Clínicas Ijuí. Segundo o especialista, quando essa situação se torna crônica, o organismo libera hormônios que aumentam a frequência cardíaca e a pressão arterial, resultando em risco aumentado para arritmias e infarto.

O Dia Mundial do Coração, celebrado nesta segunda-feira (29), chama a atenção para o aumento das doenças relacionadas ao órgão. “As enfermidades cardiovasculares continuam sendo a principal causa de morte no Brasil”, observa o médico. “Nos últimos anos, houve um crescimento nos casos em razão da obesidade, da má alimentação, do sedentarismo e do estresse crônico”, completa. O abuso de álcool e o tabagismo eletrônico também contribuem para a alta dessas ocorrências.

Recentemente, também se observa o crescimento nos problemas cardiovasculares entre a população jovem. “Vemos jovens com pressão alta, colesterol elevado e até infartos precoces. O estilo de vida atual tem antecipado esses problemas”, alerta.

Prevenção é o melhor tratamento

Atualmente, estima-se que 30% das mortes no país sejam causadas por doenças cardiovasculares. Adicionalmente, cerca de 14 milhões de brasileiros vivem com alguma enfermidade do tipo. Os sinais que devem servir de alerta são dor ou aperto no peito, falta de ar, palpitações, inchaço nas pernas, desmaio e cansaço desproporcional.

Indivíduos com histórico familiar de cardiopatia, hipertensão, diabetes, sobrepeso e fumantes têm maior predisposição a desenvolver doenças cardiovasculares. Dessa forma, a prevenção passa, necessariamente, pela adoção de hábitos de vida saudáveis, como dieta equilibrada, prática regular de exercícios físicos, sono regular, controle do estresse e cessação do tabagismo. “Pequenas mudanças no dia a dia podem reduzir em até 80% o risco de doenças cardiovasculares”, destaca o médico.