O Hospital de Clínicas Ijuí (HCI) realizou, na última terça-feira, 16, a primeira captação de órgãos de 2024. Rins e córneas foram doados pela família de uma mulher de 41 anos, que teve a morte encefálica confirmada no último domingo, 14.
A enfermeira gestora da UTI Adulta do HCI e integrante da Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott), Deise Steinke, conta que a doação de órgãos já era um desejo da mulher declarado à família em vida. “Assim que diagnosticada a morte encefálica é aberto o protocolo, são feitos os exames que a confirmam, e a família é comunicada e questionada se autoriza a doação. Nesse caso foi tranquilo porque era uma vontade relatada por ela em vida e os familiares acolheram, tendo muita paciência com todo o processo”, explica.
Para realizar a captação, uma equipe médica de Porto Alegre foi enviada ao HCI com o equipamento específico para o acondicionamento dos órgãos, acompanhada da 17ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS). “O trabalho é feito pela equipe multiprofissional da Cihdott, envolvendo diversas áreas, como UTI e Centro Cirúrgico. Entramos em contato com a Organização a Procura de Órgãos (OPOs) 4, que nos orienta, e com a Central de Transplante do Estado, para onde encaminhamos os exames e de onde o médico vai solicitando o que precisa”, explica Deise.
Os dados do paciente doador são cadastrados em um sistema gerenciado pela Central de Transplantes, que faz o cruzamento entre as informações do doador e de quem será o receptor dos órgãos, apresentando as opções mais compatíveis. “Após a cirurgia nós estivemos em contato com a Central e os rins já haviam sido implantados, porém, o processo para o transplante de córneas é mais lento. Ficamos muito felizes e satisfeitos em saber que, apesar de algumas perdas, nosso trabalho vale a pena e possibilita que outros pacientes tenham uma melhor qualidade de vida”, completou a enfermeira.
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