Embora a incidência de câncer de mama aumente com o avançar da idade, existem casos de mulheres que descobrem a doença antes mesmo dos 50 anos – faixa considerada pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) como de maior prevalência da enfermidade. Foi exatamente isso que aconteceu com Patricia Bandeira, atualmente, coordenadora do Almoxarifado do Hospital de Clínicas Ijuí (HCI). Ao fazer o autoexame das mamas, em 2016, quando tinha 38 anos, descobriu uma alteração em um dos seios. Imediatamente, ela procurou sua médica de referência, que confirmou a suspeita: ela tinha um tumor na mama.
“A primeira ideia que temos é pensar na morte, mas eu sabia que não adiantava ficar chorando. Precisava entender o que eu estava passando e agilizar o procedimento”, relembra.
No mês seguinte ao diagnóstico, Patricia iniciou o tratamento no HCI. Fez quimioterapia, tirou parte da mama e finalizou com a radioterapia – todos muito bem-sucedidos. Ao longo do processo, se manteve forte e focada nas filhas e na mãe.
“Pensava que tinha que ser mais forte por elas. Eu me olhava no espelho e dizia ‘isso não é meu, não me pertence’. Não deixei a autoestima de lado: estava sempre maquiada e usava lenço quando perdi o cabelo”, conta.
Hoje, Patricia tem acompanhamento médico regular. Realiza exames a cada seis meses e faz uso de medicação contínua. Apesar da experiência com a doença, ela não perde o otimismo.
“É um clichê, mas é verdade: tudo passa. Dor e tristeza fazem parte, mas a família e os amigos são muito importantes para passar por esses momentos”, diz.
No último sábado (14), Patricia se juntou a dezenas de mulheres que participaram da Caminhada Rosa, uma iniciativa da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Ijuí, com apoio do HCI, para chamar a atenção para o câncer de mama. A ação fez parte da programação do Outubro Rosa da Liga e foi realizada durante a Expofest 2023.
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