O Dia Mundial do Doador de Sangue, celebrado na última quarta-feira, 14, foi marcado por uma ação promovida pelo Banco de Sangue do HCI. O evento reuniu doadores regulares, receptores de doações e familiares, além da imprensa do município, para uma troca de experiências seguida de homenagens e café da manhã no auditório da instituição.
Os relatos, tanto de quem teve a oportunidade de salvar vidas através do ato da doação de sangue, quanto de quem teve chance de se recuperar de uma doença através de um gesto nobre de alguém que sequer conhecia, emocionaram os presentes no local.
Entre eles, o de Lorenzo Cunegato chamou a atenção pela peculiaridade de o arquiteto já ter sido um doador de sangue e agora estar do outro lado: o de agradecer pelo gesto de pessoas que se deslocaram até a capital do Estado para ajudá-lo quando precisou. “Há dois anos eu fui diagnosticado com leucemia e, a partir daí, fui internado e precisei passar todo ano de 2021 no hospital, em plena pandemia, com muitas restrições. Foram 21 dias na UTI e, entre muitas dificuldades, graças a Deus, muitas pessoas estiveram dispostas a contribuir, amigos e amigos de amigos, pessoas que eu nem sabia quem eram, se deslocaram até Porto Alegre, onde estava em tratamento, para doar sangue em meu nome”.
Hoje Lorenzo está bem, ciente de que sua missão é a de incentivar as pessoas a tornarem-se doadoras regulares. “Se eu pudesse, ainda hoje seria um doador. Aqui, durante essa homenagem, eu vejo essas pessoas escreverem com a ponta do coração, só quando me tornei receptor eu percebi a dimensão da importância do ato de doar. Espero que as pessoas não precisem passar por um momento difícil como o que passei para despertarem e perceberem o quão grande e gratificante pode ser o amor por outro ser humano”.
Já o senhor Carlos Alberto Petersen, de 71 anos, já não pode mais ser um doador. Com uma carta escrita por uma receptora de sangue em mãos, ele contou como começou a doar, há mais de 50 anos. “Eu estava no exército na época, pediram voluntários e eu fui, sem sequer saber o que era. Doei sangue e percebi a recompensa de salvar uma ou mais vidas em um gesto de apenas cinco minutos. O que mais sinto é estar com a minha idade e não poder mais doar, apesar de estar com saúde. A maior recompensa, porém, é saber que ajudei enquanto pude”, relatou em seu depoimento durante o evento. Seu Carlos saiu do HCI com o reconhecimento de todos os profissionais do Banco de Sangue da instituição e a certeza de que muitas vidas foram impactadas pela sua atitude repetida ao longo dos anos.
A coordenadora do Banco de Sangue do HCI, enfermeira Kellen Bazotti, agradeceu aos doadores e ressaltou a importância de o gesto ser regular. “O nosso estoque hoje está estável justamente porque sabemos a quem recorrer quando precisamos, consideramos uma ‘carta na manga’ ter pessoas com quem contar regularmente. A quem ainda não doou pela primeira vez, pedimos que venham, é um ato importante demais que faz a diferença”.
Para doar sangue, os interessados podem realizar o agendamento pelo telefone 55 3331 9373 ou pelo WhatsApp 55 9 8176 3993. O Banco de Sangue do HCI está localizado na Avenida David José Martins, 152. O funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 12h.
Durante a ação participaram os pacientes Lucia de Fátima Kuss, Elenice Cleverton (filha de Nelson Bandeira) e Lorenzo Cunegato. Foram homenageados Ederson, Ivete, Luis Francisco, Claudia, Gilnei, Dilson, José Adelmo, Luciano, Jean Carlos, Jessica, Mauri, Noel, Silviane, Erno e Carlos Alberto. Os patrocinadores do evento foram Unicred, Angela de Vargas da Silva, Junior de Lima da American Imports, Dalmir Godói, Maria Helena Winckler, Kellen Bazzotti, Doces e Gostosuras da Neti e Alunos da Escola HCI.
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