Amor em dose tripla: parto de trigêmeas no HCI é sucesso

  • 10 de junho de 2022
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Após uma gestação tranquila e sem intercorrências, Antonia, Catarina e Olivia Cezimbra Medina Schumacher nasceram na tarde de sábado, dia 4, na Maternidade do Hospital de Caridade de Ijuí (HCI), pelas mãos da médica obstetra Bruna Wiatrowski, com 34 semanas e dois dias. Logo depois de receberem o carinho dos pais, Tamires Cezimbra Medina e Luan Schumacher, as três foram diretamente para o Berçário, sem a necessidade de internação na UTI Neonatal, o que significa uma situação rara – é natural em nascimentos múltiplos, as bebês iniciarem a vida nas incubadoras.

 Olívia foi a primeira a vir ao mundo, pesando 2,090 kg e medindo 42,5 centímetros. Um minuto depois chegou Antônia, com 2,150 kg e 42,5 centímetros. Catarina nasceu no minuto seguinte à irmã, pesando 2,065 kg e medindo 44 centímetros. Desde o nascimento, elas estão no alojamento da Maternidade do HCI, onde recebem, além dos cuidados da equipe de profissionais e dos pais, o abraço carinhoso da avó, Beatriz Cezimbra, que é só emoção ao falar das netas.

“O caso deles é raro por três motivos, porque não foi realizado nenhum tratamento de fertilidade, o que surpreendeu até mesmo os médicos. Antônia e Olívia são da mesma placenta, já Catarina é de outra, e ao que tudo indica, a fecundação não ocorreu no mesmo dia”, conta a avó materna.

Tamires, 29 anos, é residente em Cruz Alta e realizou todo o seu pré-Natal com os profissionais do Ambulatório de Gestação de Alto Risco (Agar) do HCI, onde recebeu todo o suporte adequado, o que lhe garantiu um período gestacional tranquilo, assim como o parto, cesárea, e agora a recuperação.

“Durante toda a gravidez não tive nenhuma alteração, somente no dia do parto minha pressão arterial estava um pouco alta, mas dentro do que se espera para situações como esta”, comemora Tamires, emocionada, enquanto amamenta Olívia, a mais agitada das três. Enquanto isso, na cama ao lado, dormem tranquilamente Antônia, que não despertou enquanto estivemos conversando com a família, e Catarina que logo após acordar e fazer caras e bocas para as fotos, recebeu o colinho da avó. As trigêmeas estão saudáveis e felizes.

Participaram do parto, as médicas residentes em Ginecologia/Obstetrícia Marianne Lummi e Caryn Costa, a médica pediatra Alessandra Garzão e a residente em Pediatria, Poliana Deise Cadore Metzka, e as equipes de Enfermagem do Bloco cirúrgico, Maternidade e Berçário.

Agar do HCI – Com uma assistência estruturada para garantir o melhor atendimento às mulheres, o HCI conta com o Ambulatório de Gestação de Alto Risco (Agar), desde 2014, considerando as especificidades de cada uma, na busca por garantir uma gestação tranquila, um parto humanizado e adequado a fim de minimizar possíveis complicações, fomentando a integralidade, a qualidade e a segurança do cuidado das mães e recém-nascidos. Além do atendimento a todos os municípios da 17ª Coordenadoria Regional de Saúde, também abrange a 9ª CRS, desde 2020.

A maioria de situações agravantes durante a gestação, que colocam em risco a saúde da mãe e da criança, pode ser diagnosticada de forma precoce durante as primeiras consultas do pré-natal, que devem levar em conta as características individuais e condições sociodemográficas desfavoráveis, história reprodutiva anterior, doença obstétrica na gravidez atual e intercorrências clínicas da gestante. Tais fatores podem, inclusive, predizer se uma gestação vai evoluir com risco ou não, como as síndromes hipertensivas, as quais têm mostrado relação com a idade materna, história pregressa e hábitos de vida.

O Agar do HCI recebe em média 40 novas pacientes por mês, realizando um total de 120 consultas, contabilizadas as de retorno, e garante o acesso à equipe multiprofissional que conta com nutricionista, enfermeiro, assistente social e psicólogo.

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